Foram definidos cinco dos sete integrantes da Comissão Temporária Externa do Senado Federal que investigará a crise no transporte por ferryboat no Maranhão (CTEFBOAT). A comissão terá em sua composição os três senadores do Maranhão – Roberto Rocha (PTB), Roberth Bringel (União) e Eliziane Gama (Cidadania) -, além de Eduardo Girão (Podemos-CE) e Ângelo Coronel (PSD-BA).
Roberto Rocha e Roberth Bringel serão membros titulares da CTEFBOAT e exercerão, ambos, a função de relator. O senador Ângelo Coronel também atuará na relatoria da comissão.
Já Eliziane Gama será suplente e antes mesmo do início dos trabalhos da comissão externa, está sendo apontada como representante do Governo do Maranhão durante a investigação, ou seja, terá como papel rebater as graves denúncias que deverão vir à tona nas reuniões e atividades externas da CTEFBOAT.
Outro suplente é o senador suplente Eduardo Girão,. conhecido por seu posicionamento antiesquerdista. Por ser oriundo de um estado próximo geograficamente ao Maranhão, pode desempenhar um papel importante na comissão.
Para que a CTEFBOAT esteja apta a iniciar os trabalhos, falta definir, apenas, o presidente e o vice-presidente. A expectativa dos membros já indicados é que isso ocorra a qualquer momento, já que as articulações visando ao preenchimento dos cargos seguem em pleno andamento nos bastidores do Senado.
Finalidade
A finalidade da comissão é verificar, “in loco”, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a situação da travessia de Ferry Boat que conecta a região ocidental do Estado do Maranhão à ilha de São Luís.
O transporte aquaviáro entre São Luís e a Baixada Maranhense, entre os terminais da Ponta da Espera e do Cujupe, opera de forma caótica há mais de dois anos, desde quando o ex-governador Flávio Dino (PSB) decretou intervenção na Servi-Porto, maior empresa do setor no Maranhão, que realizava o serviço de forma regular há três décadas e meia.
Sem qualquer perspectiva de melhoria a curto prazo, já que todas as soluções apresentadas pelo governo até agora foram frustradas e até a promotora de Justiça que vinha acompanhando o caso e denunciando as irregularidades na operação da travessia foi afastada da investigação de forma inexplicável.