Num inflamado discurso na tribuna da Câmara de São Luís, o parlamentar do PL repudiou declaração do comunista contra o pároco da Igreja do Cohatrac, padre Flávio, e disse que assessores dele estariam denegrindo a sua imagem por conta da realização do arraial do bairro – festa anteriormente coordenada por Astro.
“Vossa Excelência repudiou o padre Flávio, que é um homem direito, um homem honesto, que dedica a sua vida, assim como todos os padres de São Luís e do nosso país, a fazer o bem ao próximo. Vossa Excelência foi muito infeliz na sua afirmação, que disse que o padre Flávio não merece o seu respeito”, iniciou Aldir. “O conheci há sete anos, quando apoiei o Círio de Nazaré, porque nasci e me criei no bairro do Cohatrac, e o padre Flávio aceitou que eu pudesse ajudar no apoio da Igreja na condução do Círio de Nazaré. São sete anos, eu nunca tive o apoio do padre Flávio politicamente, mas tenho o respeito e a amizade do padre e da comunidade do bairro do Cohatrac”.
Na sequência, ele relatou que foi alvo de ataques de assessores de Astro.
“Eu queria deixar claro, e pedir a Vossa Excelência que intervenha com seus assessores, que fazem reuniões para denegrir a minha imagem e de outros vereadores. Eu não sou dono do Cohatrac, dono da praça, não estou fazendo o arraial do Cohatrac, pelo contrário, quem está fazendo é o vereador Thyago Freitas, que teve a habilidade de reunir todos os critérios necessários, fez com muita decência a tramitação”, afirmou.
De acordo com Aldir, foi por conta de erros cometidos por assessores de Ogum que este perdeu o comando da festa junina no Cohatrac.
“Vossa Excelência sabe, fez o arraial do Coahtrac por várias décadas, e deixou de fazer porque a comunidade não quis mais. Uma meia dúzia de assessores seus coordenaram errado o arraial por dois anos, levaram danças sexuais para o arraial, levaram droga para o arraial, levaram profissionais que não são profissionais da cultura, pelo contrário, acabaram com seu nome, no que diz respeito à cultura, dentro do bairro do Cohatrac. Então, eu exijo respeito por parte dos seus assessores, e peço que o senhor intervenha, porque, caso contrário, eu irei trazer o nome de todos eles aqui, e dizer quais são as profissões deles, porque, sinceramente, eu não aceito ser criticado por quem não tem moral. Quem tem passagem pela polícia, não deve falar mal de uma pessoa, tem que, primeiro, olhar para si, tem que respeitar um homem, um cidadão de bem, que só quer fazer o bem”, completou.
Em resposta, Astro de Ogum disse que foi citado de forma “nefasta” e “rasteira”. “Eu não faço política com nome de vereador nenhum”, disse.
O comunista disse que não retiraria nenhuma palavra do que disse sobre padre Flávio. “Eu não generalizei, eu fui direto a uma pessoa, o padre do Cohatrac, e não retiro uma vírgula, não tem quem faça eu retirar”, declarou.
“Vem falar de quem passou por polícia. Eu não quero nem tocar em certos assuntos de polícia. Eu não tenho medo de você nem no sifão”, complementou, sob protestos de Aldir Júnior, que exigia respeito. “Eu não posso responder por assessor meu”, concluiu Ogum.
Com o clima cada vez mais quente, o presidente da Casa, Paulo Victor (PCdoB), decidiu suspender a sessão para acalmar os ânimos.