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Para ampliar base, Lula avalia nomeação de ministra evangélica

por Politicando-MA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está estudando uma reforma ministerial com o objetivo de melhorar a relação do governo com a Frente Parlamentar Evangélica e o eleitorado feminino. Fontes próximas a Lula indicam que ele deseja entregar o comando de um ministério a uma representante evangélica, atendendo às demandas de um público que, até então, tem se mostrado resistente ao governo do PT. Entre os nomes cogitados, estão a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ).

A aproximação com a comunidade evangélica tem sido uma das estratégias de Lula para consolidar alianças e ampliar sua base de apoio para as eleições de 2026. Representando aproximadamente 30% da população brasileira, o segmento evangélico tem potencial de influenciar disputas eleitorais.

Lula espera que um gesto de apoio ao público religioso e feminino ajude a fortalecer sua base de apoio e a construir uma relação mais sólida com essas faixas do eleitorado.

Ministros do governo, como Jorge Messias e Alexandre Padilha, têm realizado encontros frequentes com líderes evangélicos para discutir pautas de interesse comum e demonstrar o compromisso do governo com valores religiosos. Messias, que é de família batista, mencionou seu papel em levar uma mensagem pacificadora aos líderes religiosos e reafirmou que o governo de Lula está alinhado aos valores cristãos.

No entanto, lideranças evangélicas, incluindo o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), expressaram que, apesar do diálogo com o Planalto, há um desejo de ações mais concretas que fortaleçam a relação entre governo e comunidade evangélica. A oposição interna ao movimento de Lula ainda é grande, especialmente entre os apoiadores de Bolsonaro, que criticam a tentativa de aproximação do presidente.

A reforma ministerial, esperada após as eleições de fevereiro de 2025, visa alinhar a equipe de Lula para a segunda metade do mandato, especialmente com foco nas eleições municipais e nas articulações para 2026. Enquanto isso, a base evangélica segue dividida, com parte dela buscando um papel no governo e outra parte mantendo sua fidelidade ao bolsonarismo, criando um cenário político incerto para o futuro.

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