A empresa responsável pela rede de cinemas Cinesystem São Luís enviou uma petição a órgãos competentes, como o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público, relatando uma série de ações suspeitas envolvendo delegados da Polícia Civil e peritos do Instituto de Criminalística. A petição levanta dúvidas sobre a imparcialidade do laudo e do inquérito que investigam o incêndio ocorrido no Rio Anil Shopping, resultando em duas mortes.
No documento, assinado pelo advogado Alex Ferreira Borralho, são mencionados os delegados Jeffrey Paula Furtado, George Antônio da Silveira Marques e Clarismar de Oliveira Campos Filho. Imagens, vídeos e trocas de mensagens são apresentados como provas que sugerem uma possível influência de agentes do shopping e até mesmo de autoridades públicas interessadas em proteger a empresa maranhense durante as investigações.
A petição também destaca as discrepâncias entre os laudos elaborados pelo Corpo de Bombeiros e pelo Instituto de Criminalística. Além disso, a empresa denuncia o perito Cláudio José Sousa da Silva, alegando que ele teria entregado as chaves da área interditada a funcionários do shopping, o que teria comprometido a perícia e possibilitado o desaparecimento de objetos importantes para as investigações.
As acusações feitas pela Cinesystem apontam para uma possível parcialidade dos delegados envolvidos no caso, que teriam favorecido o Rio Anil Shopping, permitindo a entrada de peritos contratados pela empresa maranhense, ao passo que negaram pedidos da Cinesystem. Essas denúncias levantam questionamentos sobre a imparcialidade do processo de investigação conduzido pelas autoridades maranhenses.