Imagine que o seu dinheiro esteja indo literalmente pelo ralo nas dependências do Palácio dos Leões, em plena segunda-feira, em horário de expediente, para fins político-partidários e eleitorais? Foi exatamente isso que aconteceu no início deste mês, quando o governador Flávio Dino (PSB) se aproveitou do uso da máquina pública para um evento com diversas lideranças políticas, em uma evidente prática de abuso de poder político dentro do Palácio. Lá, o comunista colheu assinaturas de apoio dos seus aliados e alienados e se lançou como pré-candidato a um cargo eletivo em Brasília, já visando às eleições de 2022.
Ao tomar conhecimento de que o dinheiro do contribuinte maranhense está sendo desperdiçado para fins totalmente pessoais do governador, dentro da sede do Governo do Maranhão, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) apresentou, nesta quinta-feira (8), uma Notícia de Fato na Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o governador Flávio Dino seja investigado, uma vez que existem fortes indícios de crime de improbidade administrativa, isto é, o comunista utilizou de bens e políticas públicas institucionais em proveito próprio e com nítida finalidade eleitoral.
“É inadmissível que se utilize a estrutura do Palácio como um comitê eleitoral do PSB e PCdoB. Um absurdo! Afinal de contas, a energia, o ar condicionado, o uso do cafezinho, os servidores do governo pagos com o dinheiro público, estacionamento, enfim, toda estrutura da máquina pública sendo usada para práticas ilegais. Elas precisam ser esclarecidas à população e devidamente punidas”, destacou o senador Roberto Rocha.
A Notícia de Fato de Rocha também apresenta o episódio em que o secretário de articulação política Rubens Júnior (PCdoB) se reuniu, em plena quinta-feira, 1º de julho, também em horário comercial, com prefeitos para ordená-los a monitorarem as lideranças políticas municipais que não estão alinhadas com governador comunista.
“A gente não pode monitorar só o governo, a gente tem que monitorar também a política. Quem é o prefeito que tá do lado da gente, e quem não tá. Quem é o prefeito que fala bem da gente, e quem fala mal. Esse monitoramento político ninguém no Maranhão tem condições de levantar melhor do que vocês”, disse na ocasião o secretário aos chefes dos executivos municipais, conforme noticiado na imprensa.
A perpetuação de tais manobras e artimanhas está em total descompasso com a legislação eleitoral. A ilicitude não consiste na mera realização das reuniões, mas sim nas inúmeras circunstâncias que permearam tais eventos, fartas em apontar o uso da máquina pública para a sua organização e realização, de modo a configurar a prática de abuso de poder político por parte dos envolvidos.