O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a retirada do advogado Sebastião Coelho, ex-desembargador, durante o julgamento da denúncia de tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. O incidente ocorreu na Primeira Turma da corte, presidida pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Coelho não estava credenciado para atuar na sessão e não representava nenhum dos réus em julgamento naquele momento – ele defende Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, cujo processo será analisado em data separada. Ao ser barrado da sala de audiências, o advogado recusou-se a assistir ao julgamento pelo telão externo e iniciou protestos no corredor, gritando palavras como “arbitrário” e “sanguinário”, interrompendo a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes.
Diante da agitação, Barroso ordenou a detenção de Coelho por desacato à autoridade. O advogado foi conduzido pela segurança do tribunal, e um boletim de ocorrência foi registrado, com liberação prevista após a formalização do caso.
Enquanto isso, deputados do PL, partido de Bolsonaro, também enfrentaram dificuldades para entrar na sessão devido à falta de credenciamento, mas tiveram acesso autorizado por Barroso, que citou o status de “representantes do povo” como justificativa.
Bolsonaro acompanhou pessoalmente o julgamento, no qual é denunciado por supostas ações golpistas após a derrota nas eleições de 2022, incluindo a reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada. A sessão foi retomada após o incidente.
