Home Destaque Título“Eu nunca mais vou ser a mesma”, diz mãe de servidor público assassinado

Título“Eu nunca mais vou ser a mesma”, diz mãe de servidor público assassinado

por Politicando-MA


Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel Paulo Fernando Moura Queiroz, informou que irá emitir nota oficial em relação ao andamento do caso.

Na manhã desta quinta-feira, 15 de fevereiro, parentes e amigos de Fabrício Rodrigues dos Santos, servidor público de 38 anos assassinado há um ano pelo policial militar Jone Elson Santos Araújo, realizaram uma manifestação pacífica na rotatória em frente ao Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau, onde Jone Elson está detido desde o dia do crime. Durante a manifestação, os familiares ergueram faixas exigindo o julgamento e a condenação do assassino.

Fabrício Rodrigues foi morto a tiros em uma loja de conveniência, vítima de um ataque repentino e violento do policial Jone Elson. As câmeras de segurança, principal prova do crime, registraram todo o ocorrido, desde a entrada do policial na loja até o crime e a fuga do policial.

Desde então, Jone Elson permanece preso no quartel, aguardando julgamento. Sua defesa, na tentativa de atenuar o crime, alega que ele sofre de problemas mentais e apresentou laudos médicos como prova. No entanto, a família de Fabrício contesta essa versão e exige que o assassino seja responsabilizado como qualquer outro cidadão.

Maria de Jesus, mãe de Fabrício, expressou sua dor e indignação durante a manifestação: “Meu filho foi tirado de mim de forma cruel e injusta. Até hoje nós não temos paz, eu nunca mais vou ser a mesma. Exigimos que o responsável por essa tragédia seja punido com rigor e que ele receba a pena máxima, para que ele não fique livre e saia matando outras pessoas inocentes, assim como fez com o meu filho”, disse.

Jone Elson Santos Araújo fazia parte da ROTAM – Ronda Ostensiva Tática Móvel da Polícia Militar, uma unidade destinada a combater e prevenir crimes. Os policiais da ROTAM passam por um treinamento especializado em técnicas de abordagem, defesa pessoal e uso de armas. Um cidadão comum dificilmente teria chance contra um policial dessa unidade.

Desde sua prisão, Jone Elson foi submetido a várias perícias. Na tentativa de mitigar uma condenação, a defesa tem alegado surto psicótico e transtorno esquizofrênico, e requereu a suspensão do processo administrativo na Polícia Militar. A família de Fabrício, por sua vez, solicitou a anulação do laudo que tendia para a esquizofrenia.
Na última quinta-feira, 01 de fevereiro, o juiz José Ribamar Heluy Júnior, da 3ª Vara do Tribunal do Júri, se pronunciou pela anulação do laudo psiquiátrico que indicava esquizofrenia e informou que será realizado um novo laudo.

Procurado pela imprensa sobre o assunto o Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel Paulo Fernando Moura Queiroz, declarou, na manhã desta quinta-feira, 15, que irá emitir nota oficial em relação ao andamento do caso.

Denise Santos, ex-namorada de Fabrício, espera que o policial Jone Elson pague pelo seu crime:
“A gente, quer que ele seja condenado como uma pessoa comum e seja condenado com pena máxima, porque ele tem que pagar pelo crime que cometeu, tirando o Fabrício do convívio da nossa família”, disse.
Fabrício era funcionário da Secretaria de Governo do Estado do Maranhão e estava a serviço do ITERMA. Ele deixou uma filha de oito anos.

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