Durante entrevista ao Portal Imirante.com, nesta sexta-feira, 20, o presidente da Agência de Mobilidade Urbana (MOB), Celso Borgneth, anunciou que o Governo do MA vai romper contratos com a empresa Celte Navegação, de Belém do PA. A empresa é responsável pelos serviços de travessia via ferry- boat na Baía de São Marcos. Segundo o gestor, o contrato deverá ser encerrado definitivamente entre o fim de 2022 e início de 2023.
O senador Roberto Rocha foi um dos primeiros parlamentares à apontar publicamente a falta de infraestrutura dos ferryboats maranhenses. Da tribuna do Senado, ele ressaltou sua preocupação com os milhares de usuários que dependem do ferryboat para fazer a travessia do porto de Cujupe à Ponta da Espera, que liga a Ilha de São Luís ao continente.
De acordo com o parlamentar, os graves problemas no sistema de transportes surgiram logo após o governador Flávio Dino intervir na Serviporto, empresa que desde 1987 administrava três ferryboats.
Ainda segundo Roberto Rocha, depois de impor sérias restrições à empresa por cinco anos consecutivos, o governador decretou intervenção estatal na prestadora daquele serviço. A partir de então, o estado assumiu toda a gestão desse transporte, até mesmo com substituição dos funcionários.
Apos ampla repercussão em todo o estado devido à crise no serviço dos ferryboats, das filas quilométricas, do risco permanente de acidentes, do desconforto durante a travessia e demais transtornos causados pela gestão estadual, Roberto Rocha voltou a abordar o assunto no plenário do Senado. Ele pediu intervenção federal no transporte.
“É preciso que o Governo Federal tome providências urgentes para garantir o direito constitucional de ir e vir dos usuários”, disse o senador.